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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O mundo II


Ela não muda a rotina, não muda o caminho, não muda as músicas. Enquanto desce a mesma rua para chegar na escola, divaga uma vida mais fácil e mais reluzente, e sente frio.
Sentir frio não é normal dela, as amigas estranham esse fato quase que milagroso, mas ela não consegue esconder, está com frio, ela, que sempre reclama do calor e briga com todos que estão de blusa.
Mas durante sua divagação ela percebe o porque dessa sensação...ela está se derretendo, por dentro, pois alguém sem perceber, nem mesmo ela, a fez começar a retirar o gelo de dentro de suas ações, de seus sentimentos, a fez ver a vida com mais cores e mais calor, a fez observar o verão que existe nas pessoas.
E de repente ela não sente mais frio, nem tristeza, nem calor, nem alegria. Ela sente-se bem. Apenas isso. Porque a partir de agora faz parte do mundo como uma pessoa que sente todas as estações.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Um pouco mais de romance.


O telefone tocou, ela acordou assustada pensando como alguém poderia ligar tão cedo, mas quando abriu os olhos viu que era quase onze horas da manhã, atendeu o telefone. Era Thiago. Queria que o encontrasse dali meia hora no parque da cidade, tinha uma surpresa de dia dos namorados pra ela.
Marina se arrumou, comeu uma barra de cereal e desceu para o parque. Enquanto caminhava lembrava da primeira vez que vira Thiago, três anos atrás; ela entrou na locadora pra devolver uns DVD's e enquanto tentava chegar ao balcão e tirar a carteira da imensa bolsa Louis Vuitton, ao mesmo tempo, esbarrou nele - um cara alto, com o cabelo ajeitado de um jeito bagunçado, jeans escuro, camisa branca e terno preto - que a ajudou a pegar todos os papéis e maquiagens que haviam caido da bolsa. Quando ela foi agredecer ele falou que não tinha problema nenhum, que ela poderia em vez de se desculpar aceitar que ele pagasse um café. Ela o achou um tremendo atrevido, recusou, devolveu os filmes e foi embora. Uns quatro dias depois ele telefonou pra casa dela, disse que era irmão do dono da locadora, então tinha sido fácil conseguir o númeor da casa dela, repetiu o convite do café e desta vez ela aceitou.
Um começo digno de comédias românticas. E lá estava ela, três anos depois, indo para o parque pra descobrir qual era a grande surpresa que ele havia preparado.
O parque estava silencioso e calmo, como sempre. Ela sabia onde encontrá-lo, na fonte central, onde eles iam quase todos os domingos. Quando estava se aproximando percebeu que havia uma quantidade absurda de flores no chão, formando um tapete, começou a pensar que talvez a surpresa fosse um pouco mais grandiosa do que havia imaginado...o que haveria no final daquele tapete primaveril?
Foi quando ela encontrou um buquê com pequenas flores, em tons de vermelho e rosa, quando ela abaixou pra pegá-lo Thiago apareceu, ajudou-a a pegar o pequeno buquê, e tocando sua mão ele lhe disse.
- Marina, eu te amo e quero passar o resto dos meus dias ao seu lado. Quer se casar comigo?
E ela disse sim.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O mundo.



Um mundo inteiro é traçado em sua mente, para ela a realidade não pode ser apenas isso, ela precisa acreditar que é mais.
Ela passa pelas pessoas sem ser notada; sua playlist em reprodução é Katy Perry, mas as pessoas não ouvem isso; em sua mochila há chik-lits ingleses, literatura russa, obras gaúchas e romances árabes, mas as pessoas não veem isso. Pra todos ela é apenas mais uma adolescente, andando pelo centro da cidade, com sua mochila e fones de ouvido. Porém ela é muito mais, as pessoas que não percebem isso.
Mas em seu mundo, sua mente, elas percebem...e se importam.