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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

¿Qué no daría yo por tener tu mirada?

?




Era azul, limpo, lindo. Era questinador, curioso, safado. Para completar, eram dois. Eram os tipos de olhos em que eu me afogava, perdia o ar, a cabeça, eu mesma. Pois, além de tudo, eram hipnóticos.


E, para piorar, você sabia disso, sabia do poder que tinha, e principalmente, do poder que tinha sobre mim. Você era sedutor, mas seus olhos eram ainda mais, como se fossem outro organismo. Amava você e amava seus olhos, de formas diferentes.


E você sabia disso, dizia palavras doces com seus olhos safados. E palavras safadas com seu olhar ingênuo. E assim me tinha na mão, na cama, na alma. Me tinha onde quisesse.


Meu amor por você era calmo, acolhedor, parceiro, daqueles que saem no domingo de manhã pra comer tapioca, daqueles que ligam na segunda à noite pra dizer que esqueceu um pouquinho lá em casa, mas que não importa, porque é o mesmo em nós dois.


Agora seus olhos...esses recebiam meu outro amor. Aquele insano, que te despe com o pensamento, que se entrega a qualquer momento, que persegue, grita, chora, discute, abraça, beija - ah, beija! -, e então: grita, xinga, termina, volta, se afoga. 


Seus olhos me faziam sofrer assim como você me fazia bem.


Mas, confesso, preferia o amor pelos olhos do que por você. Talvez fosse louca, ou talvez você que fosse.


Agora não existe nem a loucura dos olhos, nem a calma de você. Não me afogo mais, não me falta o ar, você não vai mais me salvar. Acabou toda a intensidade entre nós.


E, acredite, não sinto falta de você, nem do que eu era em sua companhia. Sinto falta dos seus olhos, do que eles eram pra mim e no que eles me transformavam. Com eles eu era azul, era curiosa, era safada...e por que não, sedutora?


Mas talvez você não amasse meus olhos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Faça o que eu te peço.



E doí. É como se uma faca fosse entrando lentamente dentro do meu peito e então você - o torturador - a girasse, por dentro de mim, com um sorriso malicioso, dizendo estar triturando meu coração. 


Coração? Esse a muito só bombeia o sangue mesmo. Minha mente tenta enganá-lo dizendo que está apaixonada. Sou o oposto, sou o contrário.


Minha mente que engana o coração.


Coloque a faca em minha mente, triture meu cerébro, tire todas as lembranças, todas as dúvidas. Me tire de mim. Meus problemas, minhas dúvidas, minhas tristezas, arranque-as todas. Não seja um torturador, seja meu salvador. 


E então leve meu coração inteiro, coloque numa caixa e diga: "As ultimas batidas desse coração foram pra mim, foram de gratidão. Eu fui amado". Não será digno de pena você apenas ter sido amado por aquela que você assassinou. O amor tem várias formas de aparecer. 


Tantas formas que eu deixei de acreditar em todas. 


Coloque a faca em minha mente. Me deixe ir embora desse mundo. Tem alguém muito especial pra cuidar de mim do outro lado, não se preocupe. Não guardarei ódio de você, apenas amor em forma de gratidão.