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sábado, 30 de janeiro de 2010

Um pouco de história

Houve uma época em que eu morava no 8° andar de um condominio de prédios em Guarulhos, na esquina existia uma padaria e mais perto ainda uma farmácia, na avenida dois quarterões pra baixo havia um super locadora, você entrava e era um grande salão cheio de estantes com VHS e no fim havia duas escadas que levavam pro segundo andar, que, não importava o lado em que você estivesse tinha uma magnífica visão do andar de baixo, e que também estava abarrotado de VHS's. Se eu não me engano chamava-se Roma, ou algum outro nome de cidade européia.
Na minha escola havia um muro, que separava a casinha do último pré e da primeira série do prédio das séries maiores, nessa casinha haviam seis fileiras de carteiras, três pra primeira série e três pro pré e uma só professora. Toda quarta era dia da "roupa diferente" e toda sexta "dia do brinquedo"; um ou dois dias por semana uma van ia me buscar antes do fim da aula e me levava à academia onde eu fazia aulas de natação, lembro do cheiro da recepção e da área das piscinas. Do pátio da casinha em que eu estudava havia um muro alto que separava a escola da casa vizinha, onde morava um dos meninos que estudavam comigo, sempre que ele esquecia alguma coisa a avó dele o chamava e jogava o que ele havia esquecido, uma vez vi a escola por aquele ângulo, quando passei uma tarde naquela casa e a mesma avó tocou acordeão pra mim.
Na esquina na frente da padaria perto do meu prédio havia outro prédio, onde minha amiga morava, na cobertura, e minha mãe, as vezes, quando ia me buscar na escola também pegava minha amiga e passávamos a tarde inteiras juntas no apartamento dela.
Do parquinho do meu condomínio conseguia ver a minha sacada e minha mãe sempre pedia pra eu gritar quando descesse pra brincar, pra ela saber que eu cheguei, mas poucas precisei fazer isso, pois ela sempre estava lá me esperando, na mesma sacada que eu deixava cair tantas coisas que se perderam pra sempre.
Havia algumas coisas muito especiais no meu apartamento, como o sofá cinza que tinha uma mancha de refrigerante de laranja; a mesa da cozinha que era embutida no armário e podia ser empurrada pra dentro do mesmo; e a lavanderia que tinha uma porta de vidro que eu fechava e brincava de nave espacial, pois lá era tudo branco e tão claro, e eu adorava aquele lugar, simplesmente.
E então eu me mudei.

4 comentários:

  1. Mudanças são sempre tristes... você começa a gostar de sua casa antiga só quando ela passa a ser isso: antiga.

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  2. Eu nunca pude me apegar assim a uma casa, por que já me mudei um pouco mais que 10 vezes. Por isso, quando vejo um relato assim, me toca ainda mais, por que acho 'diferente' e muito bonito!;)
    ps. Espero que a nova casa traga mais boas memórias ainda!

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  3. Aaaah é ruim mesmo mudar :x
    .
    Na minha outra casa era tudo tão maior, tinha um corredor enoorme que eu brincava com as bonecas. Era muito mágico.
    Eu teenho saudades de lá. Tanta coisa muda depois que a gente cresce e taals.'
    Beeijo (:

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  4. Odeio mudanças, sejam elas quais sejam, mas elas no fim são importantes para nós.

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