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sexta-feira, 11 de março de 2011

Divagações sem explicações


Chuva e sol, casamento de espanhol. Sol e chuva, casamento de viuva. Canto mentalmente enquanto caminho sob a garoa bem fina e brilhante por causa do sol. Talvez a viuva esteja casando com o espanhol.

Meu óculos fica todo molhado, e começo a ver o mundo de uma forma salpicada, olhos míopes não transformam o mundo. Lembro dele dizendo que deveria usar lentes de contato - faço uma pequena nota mental: nunca usar lentes. Não me importo com a chuva, ou a vista que estou perdendo por estar com a visão embaçada, já conheço esse caminho, sei onde é seguro pisar e em quais pontos da calçada desviar.

Sem me preocupar por onde vou, pra onde vou ou por onde passo me sobra bastante espaço pra pensar em qualquer outra coisa. Estudos? Trabalho? Amor?. Nada me vem em mente e sinto a felicidade de pensar em nada. Apenas erguer o rosto pra chuva que agora cai forte e faz a roupa grudar no corpo, abrir os braços e sentir as gotas tocando em cada parte do meu corpo. Me sentir viva.

A chuva acaba. O sol continua. O que terá acontecido no casamento?

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