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sábado, 3 de abril de 2010

Explosão.


O cheiro da bebida não a incomodava, a música alta e sem sentido lhe fazia bem. Ninguém a reconhecia, mas ela era a mesma. Na verdade, estava sendo ela mesma depois de muito tempo fingindo ser alguém diferente, uma pessoa mais séria, mais focada, mais madura. 

Enquanto dança e bebe, sente a liberdade, sente-se feliz. Quer aproveitar a vida.

O cheiro forte da bebida não a incomoda, lhe faz bem. O abraço amigo do desconhecido não lhe dá claustrofobia, lhe faz bem, ela se sente querida. Não enganada, não iludida. Querida.

A bebida, a música, o desconhecido. Tudo lhe faz bem. Ela despertou. Finalmente.

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