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sábado, 19 de junho de 2010

A roda da vida.


Ela tenta ser algo a mais, fazer algo fora do comum, já que a acusaram de sempre escrever sobre a rotina. Mas algo a bloqueia e a faz olhar pro horizonte, sem pensar nem ver nada.

Ela passa o dia de modo estranho, seu humor intercala entre muita felicidade, raiva, tristeza, melancolia e nada. A cada oportunidade que tem corre pro sol, mesmo que não esteja frio - como não está -, senta-se e espera a hora que tem que levantar, quase sempre com sua amiga ao lado, pra deitar no colo e admirar o céu mais azul que existe, esperando respostas.

Num desses momentos melancólicos ela percebe o que a bloqueia, o que a faz calar e olhar pra longe...ela tem medo, medo de que o que escreva não vire realidade, medo de expressar tudo o que tem guardado e quando isso deixar de ser somente dela, se perca no céu azul perfeito e ela fique sem sonhos, sem realidades, sem segredos.

E assim as pessoas não sabem o que sente de verdade, pois seus sentimentos quando expressos são confusos e misturados.
E mesmo não sabendo também o que sente, sabe tudo o que pensa, e lembra-se com perfeição da carta do tarô sendo virada por seu melhor amigo, e da voz confortável e segura dele ler a promessa da carta, de que todo esse ciclo terá começo, meio e fim. Pois, afinal, tudo está na roda da vida. 

A carta está na vida dela, e ela está na carta. Não se sabe quem entrou na vida de quem primeiro, mas essa promessa, essa carta, traz segurança pra pequena princesa, aquela que ainda mantem a realeza, os livros, a matemática e os sonhos de um príncipe perfeito, pra ela.

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Crédito da super foto para Henrique Padovan Lira

6 comentários:

  1. Sentimentos misturados.
    Isso sempre acontece, não tem como evitar.

    xx

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  2. Sentimentos misturados.
    Isso sempre acontece, não tem como evitar. +1
    muito lindo mesmo, parabéns!

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  3. Todo mundo já setiu ou sente algum sentimento misturado, pois é inevitável!
    Sucesso com o blog!

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  4. Ai é tão complicado, muito mesmo.
    Belo texto, até mais.

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  5. Medos, quem não os têm? Escrever é uma forma de se expôr e por isso concordo com seu texto, escrevendo vemos grande parte do que somos, através dele podemos dizer que está por trás dele, o medo é válido nesse caso, mas é preciso esquecer, tentar fazer o que gosta sem medo.

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  6. Sentimentos cedo ou tarde se misturam e nos confudem, é realmente inevitável.

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