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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A morte.



Hoje não é um bom dia pra morrer, o sol está radiante, o céu azul e o vento, este passa constantemente. O dia está para viver. Mas esse vazio me persegue e me pergunto, quando será um bom dia? Somos nós que decidimos? E como será que morremos?


Será a Morte universal, com seu manto preto e sua foice? Não parece a roupa certa pra essa cidade, esse país. Talvez a Morte não exista, exista apenas o morrer. Criamos a imagem de uma pessoa pra esse verbo, porque não podemos morrer por palavras. Talvez cada um tenha a sua Morte, pra mim ela pode ser alta, magra, com as unhas vermelho negro. 


Talvez morrer seja relativo e não tenha melhor hora. Talvez o verdadeiro morrer seja quando você sobrevive. Quando seu coração bate forte antes do primeiro beijo, talvez essa seja a melhor hora pra morrer, quando por alguns segundos nada passa em sua mente. Daí o verbo ou a sua Morte ou a Morte universal te mata, te puxa delicadamente pelo braço, com suas unhas vermelho negro. Ou talvez bruscamente. Ou simplesmente te passe uma rasteira. Pra você conseguir se erguer, se esquivar. Se preparar pra quando não sobreviver. 


Mas de um jeito ou de outro, por imagens, pessoas, momentos ou palavras, você morre. Mais do que espera, mais do que todos dizem. Você morre pra sobreviver. Ou pra realmente morrer.

4 comentários:

  1. uau,que texto

    a morte sempre rende assunto,mas adorei a simplicidade como vocês escreveu ;)

    http://imodelblog.blogspot.com/

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  2. A morte é um dos misterios que Deus nos deixou como presente para poder viver a vida e valoriza-lá constantemente.

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  3. Vejo a morte como algo gradativo, que vem chegando aos poucos e de repente se instala.
    E seria realmente morrer em um momento de grande felicidade, à levar uma extensa vida de auguras.
    Adorei a imagem que vc incluiu no post!

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  4. Retificando: "E seria BOM realmente morrer..."

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