domingo, 18 de abril de 2010
Faz sentido. ela sabe.
O telefone começa a tocar, alguns curiosos ao redor olham pra tentar descobrir quem toca aquele som tão praia, ninguém parece reconhecer, mas assim é a Cris, gosta do que ninguém conhece. Ela atende e a voz dele sai, aquela voz que ela reconhece em qualquer lugar, não importa quão ruim seja o sinal.
Ele diz que precisa vê-la naquele momento, e eles combinam de se encontrar na sorveteria perto da casa dela, aquela verde que até umas semanas atrás era laranja.
Enquanto caminha, percebe tudo o que está pra acontecer, desvenda tudo o que será dito quando encontrar com o Bruno, sabe que o conto de fadas está no final, se bem, na verdade, nunca foi um conto de fadas. Mas não importa do que ela rotule, isso em breve acabará.
Quando chega na sorveteria o vê sentado na mesa 3, a mesa deles, ela tira o anel do dedo, coloca na mesa e diz:
- Assim é mais fácil, ninguém vai sofrer.
Ela vira pra voltar pra casa, dá uma ultima olhada pra trás e vê que o menino dos seus sonhos está guardando a aliança no bolso, pagando o sorvete e saindo, pra direção oposta.
Sempre a direção oposta, por isso que ela sabe que fez a coisa certa.
Ela não consegue gostar de ninguém, ela é um desastre natural, está sozinha, mas está feliz. Ninguém consegue entendê-la, mas ela sabe que tudo faz sentido, e ele também.
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Sabe, me sinto assim tantas vezes que chego a ficar com dó de mim mesma.
ResponderExcluirE bom, ri um pouco do nome Bruno, por que terminei com um garoto que tinha esse nome, e ele saiu bem de cabeça baixa, graças que não tinha nenhuma aliança :O
Adorei o texto, beijão!